As MPEs precisam de um mercado em expansão, de estabilidade política e econômica e .........
- carlosalexandre471
- 15 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
As MPEs precisam de um mercado em expansão, de estabilidade política e econômica e de perspectivas realistas.
As pequenas empresas são as que mais empregam no Brasil.
Fala antiga! Há muito sabemos disso!
Como diz o Sebrae em publicação de 05-08-22.
“Uma análise do Sebrae, feita a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que no primeiro semestre deste ano as MPE foram responsáveis por 961,9 mil vagas de emprego (72,1% do total), enquanto as médias e grandes responderam por pouco mais de 279,8 mil (21%).
Por outro lado,
"O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em agosto, 5.540.767 micros e pequenas empresas (MPEs) estavam com o nome no vermelho.”
“Dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostram que, em junho, 6,2 milhões de negócios estavam com contas negativadas no país. “ Fonte: Serasa Experian
89% das empresas negativadas na Serasa Experian são micro e pequenas.
Há anos ouvimos falar da importância das MPEs no desenvolvimento do país. Geram a maioria dos empregos, mas estão em grandes dificuldades.
Algumas questões devem ser colocadas. Como os pequenos podem se recuperar e como podem conseguir uma melhora do quadro atual?
É preciso neste momento encontrar os caminhos que podem contribuir para viabilizar os pequenos negócios.
Se temos 5,5 milhões de empresas negativas no Serasa significa que estas estão no mínimo trabalhando no vermelho. A receita de ajustar o fluxo de caixa não me parece suficiente e pode ser inviável no quadro atual.
A negativação muitas vezes é resultante da geração negativa de caixa, ou seja, há uma saída de recursos do patrimônio em função do negócio estar gerando resultados negativos. A perpetuação deste quadro leva à quebra da empresa.
A gestão profissional é fundamental para suas recuperações e para alcançarem resultados positivos. Mas não é só isso.
As oportunidades, a perspectiva positiva, a segurança e também a estabilidade política e econômica são fundamentais para as gestões propositivas e de sucesso. É preciso reduzir os ruídos.
Posturas políticas de incentivo e de geração de confiança estão nas medidas que neste momento são importantes.
Os discursos paternalistas não contribuem. As posições de nós contra eles muito menos. É importante valorizar aqueles que estão gerando trabalhos e empregos. Os empresários não são inimigos do povo.
É preciso entender que quanto maior for a renda das pessoas, mais elas comprarão e contribuirão para o crescimento das empresas. Melhor para todos. É um jogo de ganha, ganha!
Os empresários sabem disso.
O crescimento das empresas naturalmente proporciona melhoras nas remunerações de seus colaboradores. Também o crescimento obriga o desenvolvimento das pessoas e exige maiores conhecimentos. A produtividade resultante é que gerará melhora na competitividade.
Os empresários são os investidores privados que têm condições de contribuir para o desenvolvimento deste país, para a melhoria da distribuição da renda, para a diminuição da enorme desigualdade existente hoje. Sem eles nenhum emprego e muito menos impostos serão gerados.
Existe um problema sério de mercado para os pequenos negócios. É evidente as dificuldades das famílias, tanto pelo lado da renda quanto pelo crédito.
O aumento do consumo de forma sustentável somente acontecerá com o aumento da renda das pessoas.
Isso precisa ser realizado. E sabemos todos que a melhora da vida das famílias acontecerá com o desenvolvimento do país.
É preciso lembrar que aumentar o crédito aos pequenos e reduzir as taxas de juros são muito importantes, mas exigem um mercado em expansão. A experiência de muitas empresas que buscaram recursos baratos nos anos 2014 e 2015 e não conseguiram fazer os pagamentos, renegociaram, não conseguiram honrar e ficaram inadimplentes, não pode ser esquecida. E muitas daquelas que hoje estão inadimplentes têm as causas originárias naqueles trágicos anos.
Tomar empréstimo é importante para acertar o fluxo de caixa, para investimentos, etc., mas tem que existir a possibilidade real de geração de caixa para realização dos pagamentos.
É uma faca de dois gumes.
É muito importante o novo governo encontrar alternativas para esse grande impasse.
Carlos Alexandre de Braga Almeida
ADBRA Desenvolvimento Empresarial
adbrade.com – carlos@adbrade.com
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